Eu bem avisei! Poderia pedir desculpas : e alguns talvez, mais tolerantes quiçá ingénuos, me dessem o benefício da dúvida e me abençoassem quais almas imaculadas mas, mais vale prevenire-los já, de que não servirá de nada. Encontrarão demasiado bolor para limpar, entre o que aqui hoje conseguir deixar e... o futuro a Deus pertence!... De qualquer das maneiras peço desculpas pelo presente, pelo passado e já agora, pelo futuro. Fica a vosso critério! Mas, uma coisa eu prometo; sempre que a ausência da preguiça me invadir, sentar-me-ei nesta cadeira beje, lacada, dura e, sem a presunção de querer competir com a sapiência que me chega em vertiginiosa velocidade pela A7, que depois de ter ladeado a famosa casa de Ceide, da janela do meu quarto a posso ver entrecortada pelas ainda recentes alvas e débeis flores que, se agarram à imponente cerejeira, cuja história um dia aqui há-de figurar; para homenagear a quem a plantou. Nas minhas costas, a A7, quase que se precipita no atlântico mui perto das Caxinas e, se apontar o meu olhar em direção ao nascer do sol,lá está o magestoso Monte da Assunção encobrindo outros horizontes. Nunca a minha vista correrá o risco de se esvaír; pelo menos pelas mesmas razões «CAMILO», embora para escrita e leitura, os óculos dispensar já não possa.
Há uma revelação a fazer ! A 18 de janeiro de 2003 nasceu a minha maior teimosia, a que chamei diário, e com fraquejos ou não, certo é que , um ano depois escrevi: «foi pena não se ter deitado o chão no terraço; pois esta manhã de domingo, embora fresca , brindou-nos com um magnífico sol.
O Mao apareceu às 10h em ponto e iníciamos o desentorpecimento do cabedal seboso!...Um pouco mais o dele que o meu !...
A minha mãe está bem ,dentro do seu estado de dependência.
Pela tarde senti o frio agreste aquando da visita à sepultura de meu pai...
Às 17h e qualquer coisa, era a hora marcada para festejar o primeiro aniversário da Bea .
Em silêncio comemorei também o aniversário do meu diário, dedicando-lhe uma taça (copo) de champagne (moscato).
No ambiente amplo e quente da «cave» a famelga esteve reunida até para muito além das primeiras horas da noite. Como o tempo passa apressado nestes serões; pelo menos para aquele grupinho que se aninha ao redor da incalável Fátima , de certeza nem querem saber de relógios- e para quê ? Se aquelas são as melhores horas ! Onde vai aquela cachopa lambosar-se de tanta inspiração, de tanta mimíca , de tanta natural insolência que, a graça de tanta, sai aos tropeções por aquela boca , horas a fio- haja tempo e plateia- e ela disso, hoje queixar não se pode».
E assim ; sem preocupações cronológicas - não interessa se «ac ou dc» surgirão aqui mescladas, quais incrustrações, coisas por mim escritas!...
Acabei de me levantar, para pegar em duas «barbies» a fim de calar a Juanita, que veio cá passar a tarde.
d`amora azeitona